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Mostrando postagens de 2013

A todos um 2014 vazio...

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"A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.  Falava que os vazios são maiores e até infinitos"  Manoel de Barros.  Hoje, desejo que você Não se apegue a um objetivo esqu ecendo-se do percurso dele... planejar é ótimo, sonhar é saudável, mas não se encha!  Esvazie-se... De cobranças que estes planos e sonhos podem te levar.  De medos precipitados. De arriscar. De não arriscar. Não se encha com o que você não tem, não permita que estas coisas sejam maiores do que o que você esta vivendo agora...  Por isso não  te desejo um ano próspero. Te desejo um dia ao menos, vazio de expectativas no porvir e recheado de boas surpresas... independente se você as plantou este ano ou não, que coisas maiores e infinitas tenham mais valor do que superficialidades temporais, que após conquistadas se tornam antiguadas e esquecidas... Um dia 31 de Dezembro de 2013 muito bem vivido pra você e por você. E os demais, também.

Verbo.

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"No princípio era a ação. A palavra não foi o princípio - a ação já existia antes dela; a palavra é o final do desenvolvimento, o coroamento da ação."  (L.. S.Vigotsky, 2008)*. Eis aí, um dos maiores motivos pela minha ausência, um entrelaçamento de fatores neutralizaram-me a escrita, por ser um tanto emocional, quis parar e dar á materiamar um término. Como um desejo desses surgiu? Durante um tempo, quis escrever sobre o que vem a ser, humanizar-se, o que nos torna humanos. Então, pesquisei sobre inteligência, consciência... Vaguei li Daniel Golerman, Vygotsky, Manoel de Barros, Schopenhauer, artigos e opiniões. Buscando explicações entrei em embates... Materiamar... Nunca quis que esta fosse uma analogia criada ao acaso. Mas, um deleitar de sentimentos, intenções com finais concretos, um amor, o verbo, a ação. No entanto quando me deparei com uma experiência que literalmente me deixou distante de materiamar, enfraqueci a letra, por meses, dois... Descrev

Reluziu.

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No dia certo, amanheceram... Camuflando-me... Alegrando-me...Envolvendo-me,  No pedalar e no soar da música...  No vento no rosto...molhado. Menos um dia seco no cerrado.

Solitude

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"No pantanal não se pode passar régua Sobre muito chove. Régua é existidura de limites e o Pantanal não tem limites. Aqui bonito é desnecessário, Beleza e glória das coisas o olho que põe..."  (Manoel de Barros - Livro de Pré-Coisas 1985, p. 31-32)  ‪ Há algumas semanas tive um privilégio,  De estar novamente navegando pelo rio Paraguai, Por uma rota diferente das demais, Navegamos... Dessa vez em terras brasileiras, Navegamos... Após ter lido alguns livros do poeta pantaneiro citado acima, a visão ficou mais minuciosa,  As fotos não descrevem. Beleza, Bonito, Lindo. Lá o silêncio rende... e Deus me constrange... Constrangeu. Sentidos apurados, modelados... Ouvidos aguçados. Deslumbre em forma de gente... gente da cidade, gente do rio, gente do chão... Todas do barro. Porque natureza falada, vivida, maltratada pela vida... silencia e grita...AMOR! Vislumbre em frente de, no meio da, CRIAÇÃO... Quando na solitu

Resignificar...Ando. Resignificando...

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Voltar… retomar o que foi perdido, No caminho, sem autorização para se perder...perdi.  Sem perceber, talvez fracamente, francamente percebi, perdi.  Os dias passaram, voaram.. Fases, declínios e ápices...  Emoções que oscilam se moldam, Ramificam...ficam, significam e resignificam... A partir daí, daqui, percebo o quanto de mim é meu, e o que de mim se perdeu. Sem volta perdi....Acho que não, Quando metamorfoseamos não há volta pura, há mistura. E do que fica, evidentemente fica, significa. resignifica... Signo que  F i c a. Por misericórdia não se perde, permanece... esvanece, envaidece...  Tece. Algo novo,  Misturado. Sintetizado... Floresce,  fruto que Cresce Amadurece e Voa...

Calmaria...

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                                                       Foto: Tanawat Pontchour    Mistério, cautela, espera … Silêncios … Pausas … Som. Brilho. Na calmaria de um deserto, tempestade de areia... Beleza no ar, da terra. Seca. Ch ã o. Bai ã o...de dois...tr ê s...um. Solid ã o. No andar cansado, ofegante, em um sert ã o...ch ã o á rido. Morte e Vida...dicotomizam a estrada... A ç ude, sede...esperan ç a de que algo bom amanhe ç a, aconte ç a... Surgiu...Vida, água...Viva! Ao som do balan ç o de palmeira, A beira de água... Vento que balanceia manso as folhas...que na água tocam...criando uma harmonia perfeita. Que chora, esperneia...em nuances, sons, cheiros e sentidos...apurados, agu ç ados... Sensibilizados... Por vida... Na terra, No ar... No peito a clamar... “Sacia-me...a sede, que da alma vem, do corpo vem, da Terra!” ... Á GUA! VIDA! HARM Ô NIA... Que só o Criador delas tem pra dar. Toma. Bebe. Alegre-se! Regozije

Nudez e o Deus que Materiama.

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“…Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se...” (Gêneses 3:7) Olhos abertos, inocência perdida, consciência... RUPTURA. As desculpas do não saber, não farão sentido... Entende -se quem é, Esconde-se...  ... INUTILMENTE... Como esconder o que não se esconde? De quem nada se esconde? VERGONHA, De si, não do corpo. Nudez pra si, não pra Deus. Folhas não servem...para esconder... Os próprios meios... são INSUFICIENTES, VAZIO. Perdão é algo que não se tem/resolve sozinho... Necessidade do outro, no outro... DIÁLOGO e  ARREPENDIMENTO, caminham juntos... E sublimemente, aquele que do nada tudo se fez... Materiama e dá um jeito, pra que tudo se refaça outra vez... RECONCILIAÇÃO. "Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mu

Desacelerando...

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"Desacelere o passo, acalme-se. Não engula os estímulos, como faz com a comida. Dilate o tempo, retarde a percepção de morte. Treine sua emoção pela arte de observar. Deguste lentamente o mundo das imagens e dos sons. O Semeador de Idéias.

Viver o Amor.

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O que seria ser alguma coisa? Intitular-se. Auto-intitular-se. Convencer-se Convencer... Como ser sem ter que dizer? Como ser, mais pra quem vê de fora, do que pra quem  Se diz...  Ser.  Saber...  conhecer. Ter ciência de. Viver...? Remete a respirar, transpirar, alimentar-se, saciar-se, caminhar...     Concretizar falas, s air de discursos, e nfatizar ações, v iver o que se acredita... integralmente. Materiamar... Não exclui a ideologia para evidenciar a matéria... Materiamar... É a dinamicidade entre ambos... Caminham  lado a lado... de forma dialética. Então, depara-se falando sem falar... Argumentando sem argumentar... Ensinando, sendo exemplo...  Sem saber... Sendo mais do que se imagina ser... Sem pretensão, sem ver... Sem querer... Querendo, Ser como Cristo... Pois, O nosso amor, não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações."  (1Jo 3:18) Vamos?!

A beleza das contradições.

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Conta-se que um mestre, pediu a um jovem discípulo pra limpar o jardim, O jovem prontamente foi, varreu as folhas secas, podou as árvores... O mestre disse: Não basta! Então o jovem espanou limpo as ramagens e os troncos das árvores. Disse o mestre: Não basta! O discípulo lavou as pedras ao longo do caminho e disse: Nada mais resta a fazer. O mestre sacudiu as árvores...  Suaves caíram folhas sobre a areia... Disse o mestre ao discípulo:  Limpar é deixar ser. (Mestre Tao) Maior é o menor, p rimeiro o último,  exaltado é o quem se humilha,  Ame o que odeia... (Mestre JESUS) Que tipo de ensinamento é este? A contradição nunca foi vista com bons olhos, anexada a ela temos: incoerência, incredibilidade, insegurança... Mas, nos faz pensar... Um jardim limpo é bonito, Mas um tapete de ypês, rosas, flores ou folhas principalmente secas é lindo!  (gosto de passear sobre elas e escutar seu barulho misterioso e crocante...rs.) Um jardim limpo é bonito,

Tudo no mesmo lugar...

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Tive uma avó paterna até meus 7 anos... Recordo-me do cajá, jaca, jabuticaba, galinhas e pintinhos, moedinhas de cruzeiro, cruzado e centavos pra comprar doces do moço da esquina, cuscuz do tio paulo,  abraços, pintas,  cheiro e colcha de retalhos colorida, colchonete de palha... conjuntinhos de short e camiseta amarelo pra mim e azul pro meu irmão.  Fim de semana, sentar no colo... observar as pintas... que depois descobri que eram machucadinhos de alergia a picada de mosquito...rs Eu estava na terceira série, aluna das tias Rose e Rosa, meu pai foi me buscar na Escola Municipal Professor João Faustino de França Sobrinho, com seu Corcel 79 metálico, reluzente... Quando me deu a triste notícia... Seguida de um abraço... Foi meu primeiro encontro com a perda de alguém... Não lembro do que senti, se chorei... Mas recordo da casa que antes era vazia de pessoas, agora, estava cheia num dia triste... Eu, do lado de fora... Vendo muita gente... me vejo pensando...não sei o que.

Cegos diante de uma luz clara.

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Caminhando pelas ruas sente o mundo a sua volta, Deduções, afirmativas, certezas são elaboradas...  tomadas. Independente de quem seja o caminhante. Têm deficiências e eficiências... Eficiências que agradam, exaltam...  Deficiências que constrangem, limitam... os outros. A si mesmo. Existe uma homeostase para o convívio social? Ainda caminhando... Deduz que sim, mas utopicamente... Entende, que diferenças há de serem toleradas, para que algo sublime ocorra. Conclui que a conclusão a que chegou, faz de si mais um, como os demais, mesmo não sendo mais tão cego... Antes de virar na rua seguinte... esquematiza que Não tolerar o intolerável... é uma intolerância, das mais comuns... Suellen Costa.

RUÍNA

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                                                                                                    Foto: Google. Um monge descabelado me disse no caminho: "Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha ideia era de fazer alguma coisa ao jeito tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro. ( O olho do monge estava perto de ser um canto.) Continuou: digamos a palavra AMOR. A palavra amor está quase vazia. Não tem gente dentro dela. Queria construir uma ruína para a palavra amor. Talvez ela renascesse das ruínas, como o lírio pode nascer de um monturo." E o monge se calou descabelado. Manoel de Barros  Materiame... Materiame... Materiame.

Depende.

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A vida é linda, unica, passageira... estar nela por inteiro, vivê-la é a opção mais coerente que proponho e que escolho. Mas, até que ponto devemos explanar nossos momentos para o mundo? Eis alguém que o vez.  Prefiro o sigilo dos momentos que serão meus...e de quem estiver nele... Mas gosto do gosto de fazer todos participar dele.  Assim, contraditório, inseguro e oscilante...incoerente. Depende.

Obrigada!

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   Hoje antes de dar boa noite...quero agradecer imensamente meus leitores...pelo carinho...paciência...e nossa, pelo tempo dedicado aos meus escritos, cheios de certezas e incertezas... Muitíssimo obrigada, saber que o que penso faz sentido pra alguém e muitas vezes não o faz pra alguns...É algo que me dá prazer...saibam que o que antes era totalmente despretensioso pra mim...no caso escrever, hoje, tem se tornado parte de mim... Estou mudando, não sei se é a idade, se a faculdade, se as pessoas, as leituras... ou se tudo isso...junto...É, talvez sejam tudo. A questão é que amo quem fui e quem estou sendo e estou certa que amarei quem serei... Um dia escrever foi um fardo, encarei-o por sonhar em alcançar um sonho... e olha que beleza, alcancei o sonho e sem pretensão realizei outro...e outros vieram, pessoas surgiram... especiais. Assim aprendi a olhar meus limites e a arriscar a gostar do processo, não apenas o objetivo final das coisas. Como Deus é maravilhoso! Deu