Tive uma avó paterna até meus 7 anos... Recordo-me do cajá, jaca, jabuticaba, galinhas e pintinhos, moedinhas de cruzeiro, cruzado e centavos pra comprar doces do moço da esquina, cuscuz do tio paulo, abraços, pintas, cheiro e colcha de retalhos colorida, colchonete de palha... conjuntinhos de short e camiseta amarelo pra mim e azul pro meu irmão. Fim de semana, sentar no colo... observar as pintas... que depois descobri que eram machucadinhos de alergia a picada de mosquito...rs Eu estava na terceira série, aluna das tias Rose e Rosa, meu pai foi me buscar na Escola Municipal Professor João Faustino de França Sobrinho, com seu Corcel 79 metálico, reluzente... Quando me deu a triste notícia... Seguida de um abraço... Foi meu primeiro encontro com a perda de alguém... Não lembro do que senti, se chorei... Mas recordo da casa que antes era vazia de pessoas, agora, estava cheia num dia triste... Eu, do lado de fora... Vendo muita gente... me vejo pensando...nã...
Por que focamos sempre no fim das coisas? Por que razão o sendo, fazendo, criando, caminhando... são cruelmente excluídos, como se não fizessem parte Do processo para conquistar, chegar. Jesus caminhava... Em toda a história... caminhava. As mudanças aconteciam no caminho, Os ensinamentos eram feitos e absorvidos no caminho... Não dar atenção ao caminho é deixar de aprender e ensinar... é deixar de ver o melhor da viagem... o percurso. Riobaldo já dizia : "O real não está na saída nem na chegada; ele se dispõe para a gente é no meio do caminho." Se Jesus, apenas chegasse pra morre e ressurgir... Ele deixaria o ensino único de que temos uma justificação pra nossos erros e nenhuma opção de como seguir o caminho até Sua volta. Que bom que Ele preferiu caminhar... Metamorfoses... Acontecem sempre de repente. "No durante...". Riobaldo é personagem de Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas
Não, eu não saio por ai…procurando uma nova história, Mas ontem conheci o Fred (nome simbólico, para não o expor, afinal Corumbá é cidade pequena). Continuando... estava na minha centralidade sentada aguardando o ônibus lendo um livro, que acabara de comprar e é como me disseram... um desses livros que é necessário estar pronto pra ler. Mudei de posição, antes estava de costas para Fred e agora fiquei do lado. Meu novo livro chamou sua atenção da mesma forma que o cheiro forte de álcool dele chamou a minha. - Este livro é espírita? -Não. - Hum, parece... conhece Augusto Cury? - Já li alguns livros dele. - Eu gosto, as palavras dele são boas. Lá em Minas eu lia bastante. - Ah você não é daqui?! - Sou de minas, faz quatro anos que estou em Corumbá...nas ruas. - E sua família? - Meus irmãos moram aqui. - E porque você não mora com eles? - Não quero ir pra casa, eles ficam me vigiando...rs. Moça, em Minas eu era pregador da palavra, ...
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